Duas amigas em férias de verão na Espanha se encantado com o mesmo pintor, sem saber que sua ex-esposa, com quem tem uma relação tempestuosa, está prestes a voltar a entrar na imagem. Esse é o resumo do filme Vicky Cristina Barcelona. Mas, não estou aqui para falar sobre ele. Vou falar do que ele representa para mim, rs.
Não sei se ele me ajudou a mudar minha vida, mas, a primeira vez que eu assisti esse filme, pensamentos estranhos começaram a povoar minha cabeça. Parei de me punir por pensar diferente das pessoas com quem me relacionava e aceitei minhas diferenças.
Começando. Quando digo já fui Vicky, me refiro a minha parte prática, conservadora e tradicional. Aquela que colocou o desejo de casar, ter filhos e constituir uma família “normal” acima de tudo.
Quando descubro a Cristina em mim, falo de uma mulher que não sabe bem o que quer, mas sabe muito bem o que não quer. Ela repete isso inúmeras vezes durante o filme e sempre me identifiquei com essa frase.
Eu poderia dizer também que sou um pouco Maria Elena, interpretada pela diva Penélope Cruz. Maria Elena vive num mundo sombrio e perturbado, encontrando em Cristina a sintonia perfeita com Juan Antonio, o seu eterno amor. Um amor estranho, que segundo ela (Maria Elena) define, só é romântico porque não pode ser realizado.
O que esses personagens tão diferentes possuem em comum? E o que eles possuem em comum comigo? Todos lutam (cada um da sua maneira) pela FELICIDADE.
Como Vicky já busquei a estabilidade como forma de encontrar felicidade. Por um tempo, acreditei ser a forma ideal de viver. Mas, não foi bem assim. A vida foi ficando morna, esfriando e, quando vi, estava gélida. Igual a Cristina, não aceitava a vida de Vicky e resolvi me entregar de vez ao amor. Me joguei de cara, deixei tudo para trás e encarei uma aventura. Tudo é fantasioso no mundo das aventuras. Tudo é maior. O seu amor é maior, seu sofrimento é maior. Você nunca está satisfeita. Isso também me cansou. Mergulhei então no universo da Maria Elena, descobrindo meus medos, buscando em mim formas de sair do vazio e encontrar a felicidade.
Não foi Vicky, nem foi Cristina que me salvou. Tampouco Maria Elena. Foi eu. Acho que estou chegando perto de encontrar o equilíbrio necessário para prosseguir. No mais, recomendo que assistam esse filme. Vale uma reflexão.

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