"Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida."

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Tirando o pó



E chega o dia de renovar...

Certa vez, eu li que amor, quando é amor, não nos completa, nos transborda.

Que a gente nasce completo e precisa, antes de amar alguém, se amar, se respeitar, é o tal do amor próprio, que muita gente passa a vida toda buscando e não encontra.

Por que é tão fácil amar o próximo e tão difícil amar a si mesmo?

É so easy achar sexy o jeito que sua amiga anda, que mexe o cabelo, se veste e é tão difícil reconhecer as suas qualidades e encarar os seus defeitos.

Por que os defeitos dos outros são mais fáceis de aceitar que os nossos? Por que é tão detestável (muitas vezes) se olhar no espelho e ver além da imagem? Parece trecho de música melosa né? Mas, é verdade.


Quando fazemos algo de ruim para alguém, o espelho vira um verdadeiro vilão, você não consegue olhá-lo, não reconhece a figura refletida... é tão difícil. Mas, quando você consegue se perdoar, o espelho vira o seu melhor amigo. É um irmão. E você se delicia horas na frente dele, observando todos os seus detalhes, valorizando e reconhecendo os seus defeitos.



Clarice disse certa feita que até cortar os nossos defeitos é perigoso, porque a gente não sabe qual é o defeito que sustenta o edifício inteiro.

E é verdade. Não que a gente siga a linha “não precisa mudar, vou me adaptar ao seu jeito, seus costumes, seus defeitos, seus ciúmes, suas falhas...”. Claro que a gente precisa mudar, melhorar, se reinventar.

Mas, vamos tentar encontrar o tal amor próprio, pois é nos detalhes que está a singularidade e a magia de cada ser humano.